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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIA

Para a escola, cada vez mais, os desafios se ampliam e ela não pode mais ter como função a simples transmissão de conhecimentos. A sala de aula precisa ser um espaço de construção contínua onde o professor e os alunos (educando) interagem conscientes de que a "relação com o saber é a relação com o mundo, consigo mesmo e com o outro de um sujeito confrontado com a necessidade de aprender" (Charlot - 1997).

Este artigo, portanto, trata sobre o desafio de avaliar por competência, considerando essas diversas relações do saber.
Hoje em pleno séc. XXI, a juventude esta plugada 24 horas na web, seja pelo celular, seja pc, seja por outra utilitário, sua capacidade de assimilação é muito rápida, ele, o jovem não quer mais ser a figura passiva em sala de aula, ele deseja participar da construção do conhecimento, aulas maçantes, decorebas, trabalhos massacrantes desestimulam o jovem a gostar da escola.
Este artigo, portanto, trata sobre o desafio de avaliar por competências, considerando essas diversas relações do saber.
Defendendo a tese de que, hoje, na escola brasileira, pública ou particular, seja do ensino fundamental,ou médio, assim como da Universidade, praticamos exames e provas escolares, ao invés de avaliação da aprendizagem.
Historicamente, passamos a denominar a prática escolar de aferição da aprendizagem, mas continuamos a praticar.
Vejamos:
Os exames escolares, através das provas:
Tem por objetivo julgar, classificar,e consequente,ente, aprovar ou reprovar o estudante em sua trajetória na séries escolares, no caso do ensino fundamental e do ensino médio: no caso da Universidade, as aprovações ocorrem através dos semestres letivos.
São seletivos, na medida em que excluem os que não sabem, no contexto dos parâmetros considerados aceitáveis pelas próprias provas:
São pontuais, na medida em que os estudantes deve saber responder às questões , aqui e agora, no momento das provas ou dos testes, não importa se o educando sabia antes e confundiu-se no momento da prova ou do teste, nem importa se poderá vir a saber, depois. Ele deve, pontualmente, aqui e agora, no momento da prova ou do teste, saber responder adequadamente o que está sendo questionado. Caso contrário, não serve.
Consequentemente, são estáticos, enquanto classificam o estudante num determinado nível de aprendizagem, considerando este nível como definitivo. Tanto assim que essa classificação é representada, usualmente, por números, o que possibilita, posteriormente, o estabelecimento de3 médias, o que, por sua vez classifica o educando numa posição definida dentro de uma escala.
A avaliação da aprendizagem, por outro lado, possui características diversas.
Tem por objetivo diagnosticar a situaç~~ao de aprendizagem do educa ndo, tendo em vista subsidiar a tomada de decisões para a melhoria de sua qualidade.
É inclusiva, na medida em que não seleciona os educandos melhores dos piores, mas sim subsidia a busca de meios pelos quais todos possam aprender, aquilo que é necessário para o seu próprio desenvolvimento, o ato de avaliar é um ato pelo qual se inclui o educando dentro do processo educativo, da melhor forma possível.
Decorrente do fato de ser inclusiva é amorosa, na medida em que escolhe o educan do como é, para verificar o que pode ser feito para o seu crescimento.
É diagnostica e processual, ao admitir que, aqui e agora, este educando não possui um determinado conhecimento ou habilidade, mas depois, se ele for cuidado, poderá apresentar o conhecimento ou a habilidade esperada.
É dinâmica, ou seja, não classifica o educando em um determinado nível de aprendizagem, mas diagnostica a situaçõa para melhorá-la a partir de novas decisões pedagógicas..
Tomando como paramento as duas configurações, acima estabelecidas, isto é, de um lado, exames/provas e, de outro, avaliação da parenizagem e observando a experiência em nossa escolas, é fácil concluir que praticamos exames/provas e não avaliação da aprendizagem. Usualmente, não diagnosticamos nossos educandos, ao contrário, classificamo-los tendo sem vista aprova-los ou reprova-los. , fato este que conduz essa prática a manifestar as suas características de seletiva, pontual, estática. Assim seno, praticamos exames/provas e denominamos inadequada mente, nossa prática de avaliação da aprendizagem escolar.
O QUE PRATICAMOS EXAMES OU AVALIAÇÃO?
NA RATIUM STUDIORUM,. OBRA PUBLICADA PELOS PADRES JESUÍTAS, EM 1599, HÁ UM CAPÍTULO INTITULADO DOS EXAMES ESCRITOS E ORAIS,ONDE ESTÃO DEFINIDAS AS REGRAS DE COMO DEVERIAM SER CONDUZIDOS OS EXAMES DO EDUCANDO, EM UM COLÉGIO DIRIGIDO PELA ORDEM JESUÍTICA. As regras expressas nesse documento fazem indicações que ainda estamos cumprindo hoje, tais como: no dia das provas, os alunos deverão trazer para sala de aula todo omateriald o qual necessitarão, tendo em vista não ter que solicitar nada aso seus colegas, após terminar a prova, o estudante deverá tomar seu material], entregar as prova concluida ao prefeito de estudos e sair imediatamente da sala,
Para a escola, cada vez mais, os desafios se ampliam e ela não pode mais ter como função a simples transmissão de conhecimentos. A sala de aula precisa ser um espaço de construção contínua onde o professor e os alunos (educando) interagem conscientes de que a "relação com o saber é a relação com o mundo, consigo mesmo e com o outro de um sujeito confrontado com a necessidade de aprender" (Charlot - 1997).
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