A
humanidade tem sido desafiada a testemunhar duas transições importantes que
afetam profundamente a sociedade: o advento da sociedade do conhecimento e a
globalização”. (Moran).
A aprendizagem torna-se
significativa quando encontramos uma situação de resolução de problemas. É um
paradigma de ensino-aprendizagem, que coloca o aluno como foco central dessa
interação, e torna-o capaz de construir seu conhecimento a partir da solução de
problemas.
Não se trata apenas de buscar a
resolução do problema, mas entender a finalidade e utilidade da situação
questionada e quais os objetivos de aprendizagem. Constitui-se de uma atitude
de construção do conhecimento em que todas as etapas utilizadas são
fundamentais e não apenas o resultado final obtido. Os alunos devem identificar
a partir da situação, quais são os objetivos de estudo, para a solução da
dificuldade em questão. Estimular o aluno a ser um constante pesquisador, é sem
dúvida uma das tarefas que a aprendizagem fundamentada nessa abordagem pode
realizar. Deve haver coerência entre os motivos e as finalidades no trabalho
escolar.
Em um sistema de significação
onde a ordem social é comunicada, reproduzida, experimentada e explorada, existe
diálogo e interação. A realidade é produzida, alimentada, restaurada e
transformada.
Ao contrário do modelo
transmissor e bancário de ensino (que não implica a interatividade e
participação e sim a cópia e a reprodução de tarefas), o modelo ou paradigma da
resolução de problemas pressupõe como linha norteadora a participação e a
informação como alicerce do exercício da democracia, fazendo o vínculo
indivíduo-sociedade, formando uma comunidade de aprendizagem.
No estudo dessa abordagem
pedagógica é necessário que o professor faça a descrição clara do problema,
estabeleça as metas esperadas para a solução, administre o tempo esperado para
a resolução e identifique a importância ou significância da tarefa em relação
aos objetivos. Para tanto, seguiremos algumas etapas: identificação do problema
(isto proporciona alta possibilidade de ser resolvido); observação
(reconhecimento dos aspectos do problema); análise (descoberta das principais
causas); ação (para eliminar as causas a concordância de todos é fundamental
para a colocação da ação em prática); verificação (da eficácia da ação,
comparação entre as situações “antes e depois” das ações a serem executadas);
padronização (a definição de responsabilidade precisa ser estabelecida, a fim
de verificar se os padrões estão sendo firmemente cumpridos para evitar a
repetição de problemas); conclusão (revisão das atividades e planejamento para
um trabalho futuro, refletir sobre as coisas que transcorreram bem e mal
durante a melhoria das atividades).
Ao analisarmos a situação de
aprendizagem a ser resolvida, a priori, elaboraremos uma parte de descrição e
outra de previsão. É necessário indagarmos, que problema cada aluno tem para
resolver? O que o aluno precisa saber para compreender a dificuldade? O que
precisa saber para resolver a questão? Que tipo de controle o discente tem
sobre sua ação?
Desta maneira, a abordagem é a
informação e a estratégia é a distribuição de tarefas para serem cumpridas
pelos alunos. A aprendizagem, neste momento, abre espaço para que os educandos
possam pensar e julgar por si, desenvolvendo o pensamento, a autonomia e a
criatividade. Possibilitando assim, que os aprendizes, ao determinarem,
opinarem, debaterem, tornam-se protagonistas, tendo compromisso com o social,
buscando a sua identidade como sujeitos históricos e culturais. Na mediação do
professor está o segredo para desencadear o processo de construção da
aprendizagem, através da resolução de problemas de forma intencional,
sistemática e planejada, potencializando ao máximo as capacidades do aluno.
Ref: José Carlos Libâneo, A
didática e a aprendizagem do pensar e do aprender
Por Amélia Hamze
Profª. UNIFEB- CETEC
ISEB-Barretos
Colunista Brasil Escola
Por Amélia Hamze
Profª. UNIFEB- CETEC
ISEB-Barretos
Colunista Brasil Escola
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